Outsider da Galáxia de Parnaso VII

 por: diego el khouri

nos absurdos do dia.... na vertigem da noite... nos desvios da palavra... na crucificação do tempo... caindo... perdido em sangue escarlate... aqui um vômito tardio... Mais alguma coisa a berrar??!!!!




Título: Ligth

Técnica: óleo sobre papel

Dimensões: 420 x 297 mm

Artista: Diego El Khouri


Outsider da Galáxia de Parnaso VI

 por: diego el khouri


esquartejar a lógica comum, herdeira do nacionalismo. fuder as normas impostas por poderes de luxo e lixo. bater punheta nas portas do abismo. precipício. outsider da galáxia de  parnaso. desfigurados humanos: antes homens de bem, hoje bem longe de mim. aqui. ali urubus. cântico da morte absoluta. esporrar em caixões familiares. milícia do caos. prestam serviços ao deus capital. ser vagabundo e drogado. anjo torto e imaculado. sem respeito ao sangue que escoa nos poros. família-cu. família-cadáver. família-cocô. cocoricó. cedo. bem cedo. ou tarde. arde a vela mortuária do palimpsesto da memória. surreal todas palavras. sem nexo. droga bate forte. forte. arde. mente insana. nada a declarar. cagando e andando. sem deus, pátria ou patrão. cão cadavérico. vômito e catarro. escorrendo. escorrendo. escorrendo. escorrendo. chupar nariz.  esfregar o cu na porta da empresa. manchar a parede. maçaneta pingando fezes. merda na mão. porrada no estômago. copo cheio. convulsão em são paulo. delegacia. quase assassinato. rio de janeiro. caindo do ônibus. me carrega.

 

—  entre. entre. entre.

 

—   as portas estão abertas. pra que mais que um isqueiro e um baseado? 



Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri


Outsider da Galáxia de Parnaso V

 por: diego el khouri

passos em cinzas. brasa. solo. caminho. obsessão. seguir em frente. não olhar pra trás. atrás vem... a morte sorridente sem dentes... a morte vem... no meio do caos... queimar e arder... vela a se apagar (?)... o trem vem... atropela... pés queimados... fumaça... luto... no meio do absurdo abismo olhar... na carnificina pintar... nas brechas acordar...



Título: Dilaceramentos 
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri




Outsider da Galáxia de Parnaso IV

 por: diego el khouri


trago no olhar a volúpia e a morte nua revestida de delírio. sou a fome que arranca do peito o futuro e a sombra que acompanha todas as encruzilhadas no lado oposto da vida. sou a febre monódica dos bêbados no fundo dos bares. a luz opaca e nebulosa no fim dos salões manchados de gritos e vômitos. sou o silêncio que machuca toda pulsação da poesia que cerca a noite de orvalho. sou o vento suave e torpe que esbofeteia a cara da caretice e a mesmice, essa sanguessuga maldita, nunca me encontra nas esquinas, bares e ruínas no qual eu, ironicamente, sempre me encontro. sou a cálida manhã dos viciados, a têmpora maculada de lamas e fezes. e o barquinho azul na correnteza surreal e inimitável de todo bardo outsider da galáxia de parnaso.



Título: Dilaceramentos
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri

Outsider da Galáxia de Parnaso III

 por: diego el khouri

a agonia do corpo na noite infame/ fome brutal.... cada gota de sangue... vestígios... relicários... um bêbado e um poeta... os dois em um... reticências pra quem tem gastrite... um beijo pra quem abraça precipícios... até logo... não quero mais.





Título: Dilaceramentos

Técnica: Óleo sobre tela

Dimensões: 40 x 30 cm

Artista: Diego El Khouri

Outsider da galáxia de parnaso II

 por: diego el khouri

um gole de veneno. faísca de átomo consciente.  cigarros e cinzas. cinzeiros. precipício. abismo  vertiginoso. abismo. abismo. abismo.  caindo do décimo andar. a “porra celestial” não vai te ajudar. “cabeças cortadas”. A “porra celestial” não vai te ajudar. é abismo. abismo. abismo.  anjo maldito. cabeça turva, tombada para o lado. rasgar a pele toda. toda fatia entregar aos infernos. outsider da galáxia de parnaso. urubu maligno. sangue. sangue. sangue. sangue que ninguém define a cor. sangue que fede morte. sangue que fede fezes. sangue que fede ratos. sangue que fede cu. sangue que fede doenças. sangue que fede bafo. sangue que colore as vísceras. sangue coalhado, amarelado, esverdeado. nudez inevitável. ruínas epidérmicas, ancestrais. eu olho na tua cara. bem no meio dos teus olhos. frente a frente. eu te desprezo. te enojo. mas tenho mais cigarros do que desprezo. mais delírios do que chatices. mais ahhhhhhhhrteee pra phoder com a porra toda, sem caretice. toda forca é foice que maltrata. toda dor é prática que nos amortalha. toda fome fere fomes e mutila todas as fomes em FOME (!). engravatados — vermes superficiais. toda dor é morte. e toda vida:  Ópio.



Título: A música da Morte

Técnica: óleo sobre  tela

Dimensões : 40 x 50 cm

Artista: Diego El Khouri

Foto: Bruno Lôbo

Outsider da Galáxia de Parnaso I

   por: diego el khouri


é necessário cagar, mijar e vomitar na cara fétida dessa sociedade escrota e injusta que tanto desprezo. Abrir as portas, escancarar as feridas, cuspir na cara dos vermes que rastejam com suas morais disfarçadas em lixo pútrido e calhorda. Traficar os delírios mais insanos e inconfessáveis possíveis. Fuder a gramática e toda bunda molice que nos empurram goela abaixo. Minha arte é esse perdulário do caos emergido em palavras preciosas que só os desajustados conseguem penetrar. Revirar de cabeça para baixo as mentes preconceituosas e escarrar na boca imunda dos ególatras da burrice e perversidade todo nojo que sinto por essa merda toda. Esfaquear o simulacro limpinho que esses caras de bosta desfilam por aí com seus luxos pueris e sem expressão nenhuma. Corpos cheirando perfume batendo ponto em igrejas-prisão, igrejas-cocô, igrejas-vampiro. É necessário não se enquadrar. Enlouquecer. empunhar o dedo em riste pra toda essa porra que aí está. Não me agrego. A vagabundagem é o caminho errante do poeta. Insubmissão total. Fazer tudo o que não querer. Beber tudo o que temem. Fumar tudo que abandonam. Eles não tem coragem de delirar. Ficar bêbado na cratera da lua. Vários, vários e vários baseados. Um atrás do outro. Comer o cu da existência que pede uma penetração mais profunda. Casamento perfeito entre a vida e a morte, o sangue e as cinzas. Bater punheta toda vez que posso. Esporrar nos jardins da contemplação. Sem parte com essa merda. Sem estado e família, sem partido e leis. Apenas a periferia. Apenas os excluídos. Apenas os malditos. Apenas os drogados. Esses fazem festa comigo. "A moral é a fraqueza do cérebro", já dizia a putinha do Rimbaud, meu irmão de hemoglobina e delirium tremens. Inferno de Dante. Cabeça de comprimido. Budismo drogado. Junkie das infinitas rupturas. Cagar e andar. Merda na mão. Câncer no cu. Palimpsesto da memória. Satanás e o fumo nas escadas das vertigens. Ausente de tudo. Ser phoda, ser foice, ser martelo, dinamite, abismo e precipício... porque o que resta é não se limitar. Sem currículo e estadia. Sem dores e alegrias. Olhar distante. Imaculado. Caminhar de um lado para o outro e chegar em lugar nenhum. Pária e pátria perdida. Nadar contra a maré. Espancar fascista. Rasgar a pele. Esbofetear o ego. Aterrorizar a assustar. Atropelar. Cair e levantar. Escarrar, escarrar, escarrar...

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Título: Réquiem
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões : 50 x 40 cm
Artista: Diego El Khouri



Ciclo Cortante

 por: diego el khouri


deserto frio

quente da alma

paisagens fúnebres

cortes na carne

paredes esmagadas

o ciclo cortante

de morte sentida

dilacerante


um dia a mais

um dia a menos

tanto faz

o fim dos tempos


pouco sei

nada sei

só o berro satisfaz

campos de guerras

olhares ambíguos

olho torto, perdido...


faminto

minto que sinto

luz no abismo.







Outsider da galáxia de parnaso XXVII

 por: diego el Khouri  __ você pinta pequi?  __ não...  não  pinto  pequi. __  que decepção! mas você não é goiano? __ e o  que tem haver is...