por: diego el khouri
abriguei em meu peito martelos, pregos e cimentos. enterrei em meu umbigo o apendicite supurado na punheta psicótica que esfregou em meus tímpanos borbulhas de buceta molhada. o dna quase sempre é desgraçado. muitas vezes invariável. aqui na poltrona, um notebook fudido, infiltração na parede, um ventilador velho. do outro lado da janela a venezuelana na porta do supermercado com três criancinhas pedem ajuda, moedas saltitam em bolsos generosos, mas esses estão em alguma clínica de dependentes químicos ou ali no time do fernandinho naquele bairro mais violento que se tem notícia. a chuva cai... aqui não interessa que a chuva caia. pregos cortantes na varanda.
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